Grupo 01:
Ana Carolina C. Teles
César P. Brunetto Junior
Dayane L. Tavares
Fagundes Batista Ortiz
Juliano Xavier da S. Nobrega
Yan Felipe R. Azevedo
AS REVOLUÇÕES INGLESAS
Câmara dos Lordes
A criação da Câmara dos Lordes ocorreu no ano de 1332, quando pela primeira vez houve uma proposta de reuniões separadas: de nobres representantes dos condados, e de burgueses, representantes das cidades.
Os membros da Câmara dos Lordes não têm salário, recebendo apenas uma ajuda de custo para cobrir as despesas de transporte. O posto é considerado uma honra.
Em um país onde o culto às tradições é muito forte, há quem considere absurdo mudar uma instituição tão enraizada.
É importante lembrar que o primeiro-ministro Tony Blair, no seu primeiro mandato, exigiu o direito de hereditariedade para o cargo de lord.
DESPERTAR REVOLUCIONÁRIO
As Revoluções Inglesas do século XVII representaram um marco na vida européia. Pela primeira vez na história do continente, a burguesia, aliada à pequena nobreza, assumiu o poder e lançou as bases para a consolidação de uma nova ordem, que se expressou pela hegemonia do parlamentarismo.
Essa transformação exigiu uma série de rupturas. Os muitos conflitos do período podem ser divididos em dois momentos. O primeiro teve início com a Revolução Puritana, em 1640 , e conduziu à execução do rei Carlos I e ao governo republicano de Cromwell. O segundo, em 1689, conhecido como Revolução Gloriosa, completou o processo político liderado pela burguesia.
REVOLUÇÃO PURITANA
O Parlamento inglês compunha-se de duas câmaras: a Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns. As cadeiras da Câmara dos Lordes eram ocupadas pelos Lordes Espirituais, isto é, pela cúpula do clero anglicano, e pelos Lordes Temporais. Esses nobres titulados (duques, barões, condes e outros) pertenciam às grandes famílias aristocráticas e herdavam seus lugares na assembléia, juntamente com enormes extensões de terras. Constituíam o grupo mais rico e poderoso da Inglaterra, uma vez que tinham nas mãos boa parte das propriedades rurais e, com elas, uma parcela essencial do poder: o monopólio da administração, funções de polícia e de justiça.
A Câmara dos Comuns era composta de grandes burgueses e pelos gentlemen, ou seja, elementos pertencentes à gentry, à pequena nobreza rural. Os gentlemen (fidalgos, cavalheiros ou gentis-homens) caracterizavam-se pela vida gentil, isenta do trabalho manual e de suas penas. Os parlamentares representavam o conjunto da população, embora fossem eleitos apenas pelas pessoas de posses.
As diferenças de classe, de origem social, expressavam-se nas diferenças políticas e as reforçavam continuamente. Os lordes praticavam a religião Anglicana. Os partidários dos Comuns eram em geral presbiterianos e puritanos. Eles deram ao Parlamento uma arma poderosa: o Exército de Novo Tipo.
Essa nova formação militar mostrou-se decisiva para a derrota das tropas reais. As fileiras do Exército de Novo Tipo forneciam uma amostra representativa da parcela da população que apoiava a Câmara dos Comuns: os soldados eram em sua maioria pequeno-burgueses, artesãos, proprietários rurais ou filhos de proprietários, seguidores das seitas puritanas e de outros grupos hostis à Igreja Anglicana. Tornaram-se conhecidos como roundheads (cabeças redondas) devido ao austero corte de cabelo que usavam característico dos puritanos.
A REVOLUÇÃO GLORIOSA
Carlos II foi coroado graças à aristocracia e à alta burguesia. Em seu governo, o comércio e a indústria expandiram-se com rapidez e a ciência foi estimulada a partir do livre pensamento, da experimentação e de uma reforma educacional. Mas os atritos continuaram a existir entre o rei e o Parlamento.
A Restauração seguiu seu curso com a ascensão ao trono inglês, em 1685, de Jaime II, irmão de Carlos II, que morreu sem deixar herdeiros diretos. O novo monarca partidário da religião católica, logo se tornou impopular. Quando tentou isentar os católicos do pagamento de algumas taxas impostas a eles por motivos religiosos e indicou alguns dos seus líderes para cargos importantes do governo, foi afastado por um golpe de Estado conhecido como Revolução Gloriosa (1688).
Sem derramamento de sangue ou desordens sociais que pudessem possibilitar o ressurgimento de exigências revolucionárias democráticas, o Parlamento estabeleceu um acordo com o protestante Guilherme de Orange, chefe do governo da Holanda e casado com Maria Stuart II, filha mais velha de Jaime II. Guilherme assumiu o governo inglês numa nova roupagem política, dentro da qual o capitalismo poderia se desenvolver livremente. A Inglaterra estava a um passo da consolidação da ordem liberal burguesa.
Dentre as leis estabelecidas destacaram-se o Toleration Act (Ato de Tolerância) e o Bill of Rights (Declaração de Direitos). O Ato de Tolerância concedeu liberdade religiosa aos cidadãos que patricavam as religiões cristãs, exceto o catolicismo. Por sua vez, a Declaração de Direitos foi um conjunto de leis que, entre outras medidas, instituiu o julgamento dos indivíduos através de um júri. Além disso, as punições cruéis e as multas exorbitantes foram condenadas e o rei perdeu a prerrogativa de suspender execuções de leis e implementar impostos sem a permissão do Parlamento.
Fonte:
Livro Didático: HISTÓRIA das cavernas ao terceiro milênio. Vol 2
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