REVOLUÇÃO FRANCESA 2° B - matutino

Grupo 04:
Elandra G. de Almeida

REVOLUÇÃO FRANCESA

A Revolução Francesa (1789) foi o fato histórico que deu início ao fim do Antigo Regime na Europa, pois tirou do poder a monarquia absolutista.

A Revolução Francesa de 1789 faz parte do contexto das Revoluções Burguesas que promoveram a superação do feudalismo no mundo ocidental, tal como a Revolução Inglesa e a Revolução Americana. Para uma compreensão geral a Revolução Francesa, é necessário observar os antecedentes da revolução e os fatores principais que levaram a sua eclosão.

CAUSAS DA REVOLUÇÃO FRANCESA DE 1789

Vamos analisar as causas da Revolução Francesa dividindo-as em três aspectos: os aspectos sociais, os aspectos econômicos e os aspectos políticos que caracterizavam a França pré-revolucionária.

A IDEOLOGIA

Dentro da perspectiva marxista, o conceito originário de ideologia de Marx e Engels, segundo Bottomore (1988), expressaria a relação entre “formas invertidas” da consciência e a existência material dos homens, ou seja, haveria uma distorção do pensamento, cuja origem se daria em função das contradições sociais. Essa distorção teria como principal função ocultar essas próprias contradições. Esta formulação, porém, foi sofrendo transformações dentro do próprio trabalho desenvolvido por Marx, e também pela influência de outros autores como Lenin e, posteriormente, nas releituras feitas de Marx por autores como: Althusser, Gramsci e Luckács.

Althusser (1980) propôs, segundo Portelli (1977), a mais influente visão das duas últimas décadas. Segundo este autor, uma das grandes contribuições do pensador francês foi o de distinguir:

“uma teoria da ideologia geral, na qual a função da ideologia é assegurar a coesão na sociedade, da teoria das ideologias específicas, na qual a função geral já mencionada é sobre determinada pela nova função de assegurar a dominação de uma classe”

“ideologia não se define como o conjunto de representações, nem muito menos como ocultação de realidade. Ela é uma prática significativa; sendo necessidade da interpretação, não é consciente – ela é efeito da relação do sujeito com a língua e com a história em sua relação necessária, para que se signifique”

ASPECTOS SOCIAIS

A sociedade francesa no Antigo Regime possuía uma organização esta mental sendo dividida em primeiro estado (alto e baixo clero), segundo estado (nobreza de sangue e nobreza de toga) e terceiro estado (alta burguesia, baixa burguesia, trabalhadores urbanos e camponeses). Essa divisão não satisfazia os anseios da burguesia, grupo que possuía um papel econômico cada vez mais importante, mas que ainda se sentia desprestigiado com a estrutura social esta mental que privilegiava a nobreza.

ASPECTOS ECONÔMICOS

A França vivia uma profunda crise financeira antes da revolução. Participação em guerras como a Guerra dos Sete Anos e a Independência dos EUA acarretaram em gastos vultosos. Os enormes custos com a manutenção da corte em Versalhes também comprometiam as finanças públicas, assim como a isenção de impostos ao clero e à nobreza. Um tratado de comércio com a Inglaterra previa facilidade para a venda de vinho francês em troca de facilidade de entrada de tecido inglês na França, causando revolta na burguesia francesa que não podia competir com o baixo custo do produto inglês. Fatores climáticos que prejudicaram a produção agrícola assim como as barreiras feudais à produtividade, elevaram o preço do trigo tornando até o pão um elemento de difícil acesso à população pobre o que agravou a miséria e o descontentamento.

ASPECTOS POLÍTICOS

Além do caos administrativo, o governo dos últimos reis da dinastia dos Bourbons, Luis XV e Luis XVI, não aparentavam ter compromisso com a solução dos problemas que assolavam a França. O poder centralizado nas mãos do rei era contestado pelos ideais iluministas que questionavam a ordem do Antigo Regime, sendo que as idéias iluministas já faziam parte do ideário político do terceiro estado, assim como cresciam os adeptos às idéias liberais no campo econômico. A Assembléia dos Estados-Gerais com suas atribuições consultivas não eram convocadas por um monarca francês desde 1614, o que demonstrava o grau de centralização política na França.

FASES DA REVOLUÇÃO FRANCESA

Tentativas de reformas

Assembléia dos Estados-Gerais (1788)

Assembléia Nacional Constituinte (1789-1791)

Assembléia Legislativa e Monarquia Constitucional (1791-1792)

Convenção Nacional (1792-1795)

Diretório (1795-1799).

CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO FRANCESA

Em síntese, a Revolução Francesa significou o primeiro grande sucesso da burguesia no sentido de conquistar o poder político e dirigir o Estado de maneira a satisfazer seus interesses, deixando para trás os entraves do absolutismo e do mercantilismo e implementando suas propostas liberais após canalizar as insatisfações das camadas populares, tirando proveito para si mesmo. A Revolução Francesa teve um alcance muito além da história francesa, pois impulsionou a ascensão da burguesia em toda Europa acelerando o colapso do Antigo Regime.

O QUE FOI O ANTIGO REGIME?

O Antigo Regime pode ser definido como um sistema de governo que vigorou na Europa, principalmente, entre os séculos XVI e XVIII.

As principais características do Antigo Regime foram:
• Absolutismo;
• Mercantilismo.

Absolutismo: forma de governo totalmente concentrada na figura do rei. Este exercia seu poder sem utilizar os métodos democráticos, impondo sua própria vontade na elaboração e aplicação das leis. Grande parte dos recursos arrecadados com impostos era utilizado para manter os gastos e o luxo da corte.
Mercantilismo: o estado tinha como objetivos a obtenção de metais precisos (para fabricação de moedas), manutenção da balança comercial favorável, protecionismo alfandegário, acúmulo de riquezas nas mãos dos reis e ênfase no comércio marítimo.

FONTE:

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse trabalho ficou ótimo!!