REVOLUÇÃO FRANCESA 2° C - matutino

Grupo 04:
Brunielle Hoffmann
Danila F. Luz
Elder Veneruchi
Kelly O. C. Sampaio

INTRODUÇÃO

Vamos falar da Revolução Francesa, dos aspectos que causaram a revolução e a sua ideologia.

IDEOLOGIA

Revolução Francesa: é o nome dado a todos os acontecimentos que, entre 05 de maio de 1789 e 09 de novembro de 1799, alteraram o quadro político e social da França.

A Revolução Francesa é considerada o mais importante acontecimento da história contemporânea. Inspirada pelas ideias iluministas, a sublevação de lema "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", ecoou em todo mundo. Ela começa com a convocação dos Estados Gerais e a Queda da Bastilha.

Esse movimento social e político que ocorreu no final do século XVIII, teve por objetivo principal derrubar o Antigo Regime e instaurar um Estado democrático que representasse e assegurasse os direitos de todos os cidadãos.

A sociedade francesa anteriormente à revolução era uma sociedade moldada no Antigo Regime. Ou seja, o Estado era Absolutista (Absolutismo Monárquico), economicamente predominavam as práticas mercantilistas que sofriam com as constantes intervenções do Estado e na área social as relações eram de servidão, uma vez que a maioria da população francesa era camponesa. Em torno de 250 milhões de pessoas viviam em condições miseráveis nos campos franceses, pagando altíssimos impostos a uma elite aristocrática que usufruía do luxo e da riqueza gerados pelo trabalho dos campesinos em propriedades latifundiárias, ou feudos, dos nobres.

Nas áreas urbanas não era muito diferente. A população urbana, composta em sua maioria por assalariados de baixa renda, desempregados (excluídos) e pequenos burgueses, também arcava com pesadíssimos impostos e com um custo de vida cada vez mais elevado. Os preços em geral dos produtos sofriam reajustes constantemente e isso pesava na renda dos trabalhadores em geral, urbanos e rurais. Já as elites, compostas por um alto clero, uma alta nobreza e, claro, a Família Real: Rei Luis XVI e sua esposa Maria Antonieta, filhos e demais parentes, vivam em palácios luxuosos como o monumental Palácio de Versalhes, localizado nos arredores de Paris e que era a residência de veraneio da Família Real e da elite, não pagavam impostos, realizavam banquetes, à custa do dinheiro público, viviam (do requinte, da opulência, do luxo, das mordomias,...) fazendo a miséria e pobreza da maioria da população.

ASPECTOS POLÍTICOS

Além do caos administrativo, o governo dos últimos reis da dinastia dos Bourbons, Luis XV e Luis XVI, não aparentavam ter compromisso com a solução dos problemas que assolavam a França. O poder centralizado nas mãos do rei era contestado pelos ideais iluministas que questionavam a ordem do Antigo Regime, sendo que as idéias iluministas já faziam parte do ideário político do terceiro estado, assim como cresciam os adeptos às idéias liberais no campo econômico. A Assembléia dos Estados-Gerais com suas atribuições consultivas não eram convocadas por um monarca francês desde 1614, o que demonstrava o grau de centralização política na França.

No final do século XVIII a situação sócio-econômica da França era de total calamidade. Numa perspectiva de tentar resolver as situações problemas, o Monarca Luis-XVI convocou seu Ministro das finanças Necker, que estava afastado do cargo, para decidir quanto a situação de crise econômica e financeira. Por sugestão de Necker, Luis-XVI convocou, no dia 5 de maio de 1789, a Assembléia dos chamados Estados Gerais que reunia os representantes políticos do 1º. , 2º. e 3º. Estados os quais não se reuniam desde o século XVII. O 1º. Estado era formado pelo alto clero, o 2º. Estado pela alta nobreza e o 3º. Estado, pelos deputados que representavam a maioria da população (assalariados, camponeses e pequena burguesia) – era o grupo maior, pois continha um número maior de representantes.

Na ocasião da convocação e da reunião dos Estados Gerais, depois de abrir a sessão, Luis-XVI deu por aberta as discussões e votações para os problemas que atingiam a sociedade francesa. A questão, porém, centrava-se no sistema de votação dentro da Assembléia. Sobre a questão dos pagam e dos não pagam impostos, por exemplo, o sistema de votação favoreceu ao 1º. e ao 2º. Estados. Os deputados que fundaram a ASSEMBLÉIA NACIONAL nela juraram igualdade jurídica e direitos políticos para todos os homens comuns.

ASPECTOS ECONÔMICOS

A França vivia uma profunda crise financeira antes da revolução. Participação em guerras como a Guerra dos Sete Anos e a Independência dos EUA acarretaram em gastos vultosos. Os enormes custos com a manutenção da corte em Versalhes também comprometiam as finanças públicas, assim como a isenção de impostos ao clero e à nobreza. Um tratado de comércio com a Inglaterra previa facilidade para a venda de vinho francês em troca de facilidade de entrada de tecido inglês na França, causando revolta na burguesia francesa que não podia competir com o baixo custo do produto inglês. Fatores climáticos que prejudicaram a produção agrícola assim como as barreiras feudais à produtividade, elevaram o preço do trigo tornando até o pão um elemento de difícil acesso à população pobre o que agravou a miséria e o descontentamento.

ASPECTOS SOCIAS

A sociedade francesa no Antigo Regime possuía uma organização estamental sendo dividida em primeiro estado (alto e baixo clero), segundo estado (nobreza de sangue e nobreza de toga) e terceiro estado (alta burguesia, baixa burguesia, trabalhadores urbanos e camponeses). Essa divisão não satisfazia os anseios da burguesia, grupo que possuía um papel econômico cada vez mais importante, mas que ainda se sentia desprestigiado com a estrutura social estamental que privilegiava a nobreza.

RESUMO

A Revolução Francesa de 1789 faz parte do contexto das Revoluções Burguesas que promoveram a superação do feudalismo no mundo ocidental, tal como a Revolução Inglesa e a Revolução Americana. Para uma compreensão geral a Revolução Francesa, é necessário observar os antecedentes da revolução e os fatores principais que levaram a sua eclosão.

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