PENSAMENTO
POLÍTICO NA IDADE MODERNA
No
período moderno algumas mudanças foram fundamentais para o desenvolvimento de
novas teorias políticas: a reforma protestante contribuiu para o rompimento das
verdades inquestionáveis da Igreja Católica o que abalou o seu poder político
dentro da sociedade medieval; as grandes navegações proporcionou o
enriquecimento dos comerciantes burgueses que não concordavam muito com as
doutrinas da igreja católico sobre a questão do enriquecimento e do lucro, bem
como, tais comerciantes pretendiam aumentar seus negócios lucrativos. O Estado
Monárquico estava em plena formação. Dentro desse contexto podemos destacar as
obras de Montesquieu e Nicolau Maquiavel.
MONTESQUIEU
(1689 – 1755)
A sua mais importante obra é o “Espírito das
leis”, trata das instituições e das leis, numa acepção ampla, Montesquieu
reconhece a importância das leis como um sistema universal, a natureza segue
suas leis, a força divina também tem suas leis, assim também a sociedade.
Para
Montesquieu, as leis da organização social tem a ver com Deus, estando ligados
pelo vinculo da moral e da religião, bem como pela natureza – não somos
sujeitos apenas às leis do Estado. Obedecemos também às leis divinas, às leis
da natureza física.
Neste
sentido Montesquieu propõe a divisão dos três poderes independentes com
objetivo de evitar o arbítrio e a violência:
Executivo
– responsável em cumprir as leis;
Legislativo
– responsável em elaborar as leis;
Judiciário
– responsável em garantir o cumprimento das leis.
Para
Montesquieu somente assim o poder estará descentralizado e equilibrado na
sociedade, pois: “só o poder freia o poder”.
MAQUIAVEL
(1469 – 1527)
É
considerado um dos fundadores da ciência política, sua principal obra é: O
Príncipe. Para Maquiavel, o príncipe (político) age em nome do bem comum, por
isso, suas ações não devem ser avaliadas por uma ética ou moral cristã típica
da época medieval, mas pela ação política enquanto vontade de seu povo, por
isso, o príncipe (político) deve usar de todos os meios para atingir o fim, ou
seja, tudo que necessário para atender a necessidade de sua nação (do povo, do
bem comum). O príncipe de Maquiavel não é bom nem mau apenas um político em
defesa da soberania e manutenção do seu Estado.
Apresenta
três categorias elementares de maneiras necessárias para a conquista e a
manutenção do poder e que formam um conjunto de ação política:
Virtu
– é aquele que apresenta características especiais como inteligência, talento,
coragem, etc. suas próprias armas tem capacidade de perceber o jogo de força da
política, conquistando e mantendo o poder, pode ser bom e justo ou cruel e
violento dependendo da necessidade para o bem comum.
Fortuna
– é a ocasião, acaso, o momento de ser precavido, oportuno (não oportunista),
por isso, virtu e fortuna se combinam.
Velhacaria
– atitudes necessárias para a conquista e manutenção do poder como traição,
manipulação, promessas, persuasão.
É
por tudo isso, que os leitores de Maquiavel, afirmam que em suas obras podemos
interpretar que: “os fins justificam os meios”.
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