I. O que foi a Expansão Marítima e Comercial Européia.
Durante a Alta Idade Média (séculos V ao X), as relações comerciais eram estabelecidas apenas entre o sudoeste da Ásia, o norte da África e a Europa, ficando assim o mercado limitado a essas regiões.
Com as grandes navegações a partir do século XV, com a circunavegação da África, a descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama, a descoberta da América por Colombo e com a volta ao mundo de Fernão de Magalhães, aumentaram-se as regiões produtoras e consumidoras, surgindo o mercado mundial.
A descoberta de novos continentes e o surgimento deste mercado mundial é que denominamos de expansão marítima e comercial européia.
A expansão marítima e comercial européia dos séculos XV e XVI, representou um dos aspectos básicos da transição do feudalismo para o capitalismo nascente.
II. Fatores que levaram à Expansão.
• A procura de especiarias: a partir do século XI, as cidades de Gênova e Veneza (norte da Itália), passaram a dominar o Mediterrâneo Oriental. Os mercadores italianos iam buscar nos portos de Alexandria e Constantinopla os produtos orientais (especiarias, tecidos, perfumes, tapetes, pedras preciosas) e os distribuíam no mercado europeu, cobrando altos preços e obtendo grandes lucros. A burguesia européia passou a se interessar em quebrar o monopólio italiano, sobre o comércio no mar Mediterrâneo, mas para isso, era necessário descobrir um novo caminho para as Índias.
• A escassez de metais preciosos na Europa: a grande quantidade de moedas usadas pelos países europeus para fazer o pagamento das importações resultou numa escassez de metais preciosos e as minas européias não conseguiam atender a demanda. Era preciso encontrar novas minas fora do continente europeu.
• Aliança entre o rei e a burguesia: a burguesia e a monarquia aliadas buscam a valorização do comércio e a centralização do poder. Esta aliança possibilitaria derrotar a nobreza feudal. A burguesia fornecia à monarquia capitais necessários para armar exércitos e centralizar o poder. Os reis, por sua vez, deveriam promover o desenvolvimento do comércio, atendendo aos interesses da burguesia.
As Grandes Navegações só foram possíveis por causa dos avanços tecnológicos do século XV.
A única maneira de quebrar o monopólio comercial italiano era descobrir um novo caminho marítimo para as Índias. No entanto, até o século XV, isto era impossível, porque as técnicas de navegação eram muito rudimentares e não permitiam a navegação em alto mar.
A partir do século XV, houve um grande avanço técnico na Europa Ocidental. O desenvolvimento da cartografia; que possibilitou a elaboração de mapas mais exatos, os estudos de astronomia, o aperfeiçoamento das embarcações; surgindo a caravela com velas triangulares. Os navegadores passaram a utilizar a bússola e o astrolábio que determinava a latitude e a longitude.
Todo esse progresso técnico-científico possibilitou que as navegações a longa distância se transformassem em um empreendimento mais seguro.
Avanços Tecnológicos nas Grandes Navegações do Século XV
AS CARAVELAS
As caravelas eram embarcações de pequeno porte, rápidas, fácil de manobrar e capazes de navegar perto da costa. Sua origem foram os barcos de pesca usados pelos árabes, que os portugueses denominavam de "caravos". O uso do leme para direcionar o navio foi também uma grande descoberta tecnológica da época, superando o sistema medieval de remos na popa.
A BÚSSOLA
A bússola é composta de uma agulha magnética que sempre aponta o norte, é fundamental na orientação de viagens de qualquer tipo. Foi inventada pelos chineses e trazida à Europa pelos árabes. A princípio colocava-se a agulha imantada a flutuar sobre óleo ou água, presa a um pedaço de palha ou cortiça: era a marinette dos franceses. Mais tarde foi aperfeiçoada: colocou-se numa caixinha uma haste de metal sobre a qual se move a agulha. Graças ao novo instrumento, os navegadores não eram obrigados a viajar de ilha em ilha ou ao longo das costas, e podiam aventurar-se pelo oceano.
O ASTROLÁBIO
O astrolábio media a latitude durante o dia pela posição do sol e à noite, media o ângulo que as estrelas fazem com o horizonte, o que auxiliava na determinação da latitude do navio, ou seja, se ele se achava mais para o norte ou para o sul. Foi inventado pelo astrônomo grego Hiparco no século II a.C. Muito utilizado pelos árabes e chineses, foi aperfeiçoado pelos portugueses.
OS CANHÕES
Os canhões eram equipamento obrigatório dos navios.
A pólvora foi inventada pelos chineses, e os europeus a conheciam através dos árabes. Os orientais a utilizavam para fabricar fogos de artifícios, os europeus deram à pólvora uma utilidade militar. A pólvora estourava dentre de um tubo de metal de bronze ou de ferro e, conseguiam assim, lançar uma bola de ferro pesada com grande velocidade e causando grande impacto. Sendo possível com um tiro de canhão, abrir buracos em muralhas, afundar navios, matar soldados em cima de cavalos. Os arcabuzes eram pequenos canhões portáteis, levados na mão de um soldado e capaz de matar uma pessoa. Na metade do século XIV, os canhões e arcabuzes já eram eficazes e foram um dos principais motivos para que os europeus começassem a impor sua vontade sobre outros povos do mundo.
Durante a Alta Idade Média (séculos V ao X), as relações comerciais eram estabelecidas apenas entre o sudoeste da Ásia, o norte da África e a Europa, ficando assim o mercado limitado a essas regiões.
Com as grandes navegações a partir do século XV, com a circunavegação da África, a descoberta do caminho marítimo para as Índias por Vasco da Gama, a descoberta da América por Colombo e com a volta ao mundo de Fernão de Magalhães, aumentaram-se as regiões produtoras e consumidoras, surgindo o mercado mundial.
A descoberta de novos continentes e o surgimento deste mercado mundial é que denominamos de expansão marítima e comercial européia.
A expansão marítima e comercial européia dos séculos XV e XVI, representou um dos aspectos básicos da transição do feudalismo para o capitalismo nascente.
II. Fatores que levaram à Expansão.
• A procura de especiarias: a partir do século XI, as cidades de Gênova e Veneza (norte da Itália), passaram a dominar o Mediterrâneo Oriental. Os mercadores italianos iam buscar nos portos de Alexandria e Constantinopla os produtos orientais (especiarias, tecidos, perfumes, tapetes, pedras preciosas) e os distribuíam no mercado europeu, cobrando altos preços e obtendo grandes lucros. A burguesia européia passou a se interessar em quebrar o monopólio italiano, sobre o comércio no mar Mediterrâneo, mas para isso, era necessário descobrir um novo caminho para as Índias.
• A escassez de metais preciosos na Europa: a grande quantidade de moedas usadas pelos países europeus para fazer o pagamento das importações resultou numa escassez de metais preciosos e as minas européias não conseguiam atender a demanda. Era preciso encontrar novas minas fora do continente europeu.
• Aliança entre o rei e a burguesia: a burguesia e a monarquia aliadas buscam a valorização do comércio e a centralização do poder. Esta aliança possibilitaria derrotar a nobreza feudal. A burguesia fornecia à monarquia capitais necessários para armar exércitos e centralizar o poder. Os reis, por sua vez, deveriam promover o desenvolvimento do comércio, atendendo aos interesses da burguesia.
As Grandes Navegações só foram possíveis por causa dos avanços tecnológicos do século XV.
A única maneira de quebrar o monopólio comercial italiano era descobrir um novo caminho marítimo para as Índias. No entanto, até o século XV, isto era impossível, porque as técnicas de navegação eram muito rudimentares e não permitiam a navegação em alto mar.
A partir do século XV, houve um grande avanço técnico na Europa Ocidental. O desenvolvimento da cartografia; que possibilitou a elaboração de mapas mais exatos, os estudos de astronomia, o aperfeiçoamento das embarcações; surgindo a caravela com velas triangulares. Os navegadores passaram a utilizar a bússola e o astrolábio que determinava a latitude e a longitude.
Todo esse progresso técnico-científico possibilitou que as navegações a longa distância se transformassem em um empreendimento mais seguro.
Avanços Tecnológicos nas Grandes Navegações do Século XV
AS CARAVELAS
As caravelas eram embarcações de pequeno porte, rápidas, fácil de manobrar e capazes de navegar perto da costa. Sua origem foram os barcos de pesca usados pelos árabes, que os portugueses denominavam de "caravos". O uso do leme para direcionar o navio foi também uma grande descoberta tecnológica da época, superando o sistema medieval de remos na popa.
A BÚSSOLA
A bússola é composta de uma agulha magnética que sempre aponta o norte, é fundamental na orientação de viagens de qualquer tipo. Foi inventada pelos chineses e trazida à Europa pelos árabes. A princípio colocava-se a agulha imantada a flutuar sobre óleo ou água, presa a um pedaço de palha ou cortiça: era a marinette dos franceses. Mais tarde foi aperfeiçoada: colocou-se numa caixinha uma haste de metal sobre a qual se move a agulha. Graças ao novo instrumento, os navegadores não eram obrigados a viajar de ilha em ilha ou ao longo das costas, e podiam aventurar-se pelo oceano.
O ASTROLÁBIO
O astrolábio media a latitude durante o dia pela posição do sol e à noite, media o ângulo que as estrelas fazem com o horizonte, o que auxiliava na determinação da latitude do navio, ou seja, se ele se achava mais para o norte ou para o sul. Foi inventado pelo astrônomo grego Hiparco no século II a.C. Muito utilizado pelos árabes e chineses, foi aperfeiçoado pelos portugueses.
OS CANHÕES
Os canhões eram equipamento obrigatório dos navios.
A pólvora foi inventada pelos chineses, e os europeus a conheciam através dos árabes. Os orientais a utilizavam para fabricar fogos de artifícios, os europeus deram à pólvora uma utilidade militar. A pólvora estourava dentre de um tubo de metal de bronze ou de ferro e, conseguiam assim, lançar uma bola de ferro pesada com grande velocidade e causando grande impacto. Sendo possível com um tiro de canhão, abrir buracos em muralhas, afundar navios, matar soldados em cima de cavalos. Os arcabuzes eram pequenos canhões portáteis, levados na mão de um soldado e capaz de matar uma pessoa. Na metade do século XIV, os canhões e arcabuzes já eram eficazes e foram um dos principais motivos para que os europeus começassem a impor sua vontade sobre outros povos do mundo.
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